terça-feira, 12 de maio de 2020

Como proteger crianças e adolescentes durante o isolamento social

O distanciamento social continua sendo a forma mais eficaz de combater a proliferação do Coronavírus pelo mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Isso acontece porque, com as pessoas em casa, as chances de que o vírus se espalhe para outras pessoas diminuem e, assim, temos menos pessoas infectadas com a COVID-19.

Porém, essa convivência “forçada” pode ter algumas consequências, como a exposição a situações de violência física, sexual e psicológica de crianças e adolescentes.

Segundo o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, o número de denúncias de violação aos direitos dessas pessoas tem crescido muito durante a pandemia. Foram 1.133 denúncias entre 14 e 24 de março de 2020.

Com isso, é preciso estar atento a sinais de abuso e desenvolver maneiras de conscientizar todas as pessoas da casa, incluindo nessa nova rotina uma atenção redobrada à vulnerabilidade destas crianças.

A saúde mental dessas pessoas não pode ser deixada de lado e, pensando nisso, a Childhood Brasil, organização voltada para a proteção da infância e adolescência contra a violência sexual, reuniu algumas dicas para educar e estreitar o diálogo com as crianças durante esta quarentena e mantê-las mais seguras. Confira!

Melhore o diálogo com crianças assistindo a programas com conteúdo educativo

O diálogo é essencial na hora de a criança relatar algum abuso. Então, invista em maneiras de estreitar ainda mais este canal de conversa e estimular que as crianças e adolescentes consumam conteúdos educativos.

Há muito canais no YouTube em que você pode acessar conteúdos desse gênero. O canal Palavra Cantada, por exemplo, traz vídeos com músicas e instruções que vão desde regrinhas sociais até conteúdos didáticos primários, como cores, números e assim por diante.

Em questão de conteúdos que podem aproximar os membros da família, o Então Raquel é uma ótima opção. O canal traz uma família que cozinha junto com as suas filhas. Min e as mãozinhas é focado em acessibilidade de crianças com surdez e ensina muito sobre os direitos das crianças.

Existem até mesmo maneiras lúdicas de explicar a COVID-19 para os mais novos, como no vídeo desenvolvido pela Universidade Federal de Goiás.

Procure brincadeiras lúdicas e manuais

Este tipo de atividade é uma forma simples de investir na educação da criança e é vital para o desenvolvimento da autoestima. Além disso, também ajudam na construção do pensamento crítico, inteligência emocional, criatividade e raciocínio intelectual.

Pintura, colagem, desenho, música, teatro de fantoches e muitas outras brincadeiras podem te ajudar a acessar essa criança e abrir um vínculo de confiança com ela, possibilitando que ela possa se expressar de forma criativa.

Brinque com jogos de tabuleiro

Segundo especialistas, jogos de tabuleiro estimulam conexões cerebrais e podem ajudar a retardar o surgimento de doenças degenerativas, como o Alzheimer. Além disso, também melhoram o processo de aprendizado e melhoram relações sociais.

O mais importante, neste caso, é que esses jogos também auxiliam as relações familiares. Tornar estes laços mais estreitos é fundamental para desenvolver autoestima, segurança e o respeito dos pequenos que estão em casa.

Use as redes sociais para se aproximar delas

Mesmo tendo muitos benefícios, a internet pode ser um campo perigoso para crianças e adolescentes, já que as coloca diante de uma tela com inúmeras possibilidade e informações, em meio a um processo que ainda está sendo desenvolvido: a noção do que é certo ou errado, bom ou ruim etc.

Dessa forma, é importantíssimo que exista uma supervisão por parte dos pais para orientar sobre conceito de risco e segurança, falar sobre conteúdos permitidos, atividades inapropriadas, perseguição, abuso, fraudes e riscos de divulgação de informações pessoais.

Nesse caminho, peça que os mais novos ensinem sobre as redes sociais e as tenha como aliadas neste processo.

Não hesite! Denuncie!

Abusos podem deixar marcas físicas e psicológicas durante anos, e até uma vida toda, se não há tratamento. Por isso, se presenciar ou souber de histórias do tipo, não hesite e denuncie.

As denúncias podem ser feitas de forma anônima e gratuita nos seguintes canais:

– Disque 100: serviço de proteção de crianças e adolescentes com foco em violência sexual.

– Aplicativo Direitos Humanos BR

– Site da ouvidoria do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos: https://ouvidoria.mdh.gov.br/

Faça parte da mudança e denuncie!

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